Nível de envolvimento do doente nos processos de HTA

Last update: 9 Outubro 2015

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Transcrição

[Até que ponto você ou a sua organização se envolveram em processos de HTA?]

Jan Geisler – Defensor de doentes e Diretor de Projeto da European Patients’ Academy on Therapeutic Innovation (EUPATI)

Estive envolvido em HTA em vários níveis.

Em primeiro lugar, estou a atuar como defensor dos doentes, tanto a nível Europeu como do país. E, há alguns anos atrás, quando a discussão começou sobre o envolvimento dos doentes em HTA, tentei envolver-me a nível Europeu para garantir que existe um quadro Europeu através do qual as partes interessadas, por exemplo os doentes, possam realmente contribuir para o processo.

Em termos do meu envolvimento como defensor dos doentes a nível nacional, contribuí participando em avaliações no sentido de fornecer informações sobre um medicamento específico que estava pronto para avaliação na Alemanha.

O impacto da participação em HTA na Alemanha é atualmente praticamente desconhecido, uma vez que é um processo muito recente. Não tínhamos a nova lei de medicamentos, a qual na verdade exige avaliações de valor apenas durante um período muito curto de tempo.

Eu próprio estive envolvido em duas avaliações enquanto estava a escrever informações em nome da minha organização sobre a nossa perspectiva relativamente à avaliação do valor destes dois medicamentos.

Mary Baker – Ex-presidente imediato do European Brain Council; Patrono da European Parkinson’s Disease

A primeira coisa que fiz quando era o Chefe Executivo da Parkinson’s Disease Association no Reino Unido: Fui conhecer Michael Rawlins.

Eu queria compreender, ouvindo-o, o que estava exatamente envolvido, para que o pudesse ver não como uma barreira, mas parte da jornada de tentar envolver a voz dos doentes neste novo procedimento regulamentar.

Eibhlin Mulroe – CEO, Irish Platform for Patients Organisations (IPPOSI)

O national Centre for Pharmacoeconomics na Irlanda realiza a maioria das HTAs e avaliações sobre medicamentos e produtos farmacêuticos. E, no ano passado, já começaram a chegar à IPPOSI, em particular, para os ligar aos representantes dos doentes nos casos em que os produtos farmacêuticos não estão a atingir, não estão a passar, e onde precisam de mais informações de grupos de doentes.

Gostaríamos de levar isto um passo à frente na Irlanda e torná-lo num processo através do qual, quando uma HTA está a ser executada pelo NCPE, o envolvimento dos doentes esteja presente desde o início. E isto é um desafio, é novo. Mas é um desafio a nível global. É algo em que grupos de doentes de toda a Irlanda, Europa, e do mundo estão a tentar envolver-se.

E existe um grupo chamado HTAi, o Health Technology Assessment International, que tem uma unidade específica que analisa o envolvimento dos doentes nas HTA. Estamos a realizar algum trabalho com este grupo para analisar outros países do mundo e ver o que fazem em termos de envolver os doentes.

Suponho que é a grande questão nos Estados Unidos e a mudança – existe uma mudança em curso em termos de onde os doentes se envolvem no desenvolvimento de medicamentos. Não é só nas HTA ou até mesmo na fase de protocolo dos ensaios clínicos. A FDA está atualmente a dirigir-se às organizações de doentes e a pedir-lhes que pensem nos resultados dos doentes antes do processo começar, antes do início do desenvolvimento de um medicamento. Acho que para tal acontecer na Europa e nos EUA, temos que formar os representantes dos doentes sobre o que realmente significa.

Acho que há muitas pessoas prontas para isso, e há muitas pessoas que precisam de aprender. É aí que a EUPATI vai realmente entrar.

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